Trabalhadores da Randstad em greve <br>nos callcenters da EDP

LUTA A greve dos trabalhadores da Randstad que prestam actividade nos callcenters da EDP, iniciada ontem, 1, prossegue até ao próximo sábado. Hoje há concentração junto à Assembleia da República.

A subcontratação é um esquema para aumentar a exploração

O Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI), num comunicado emitido na segunda-feira, 30 de Outubro, dá a conhecer os motivos da paralisação, para a qual estão convocados os 1500 trabalhadores contratados pela empresa de «recursos humanos» Randstad que prestam serviço na EDP: a precariedade cada vez mais acentuada; a recusa de negociação das reivindicações pela empresa; a falsa prestação de serviços existente nos callcenters da EDP, gerando milhões de lucros; e ainda a exigência de trabalho com direitos.
Segundo o sindicato, filiado na CGTP-IN, a greve afecta os serviços de atendimento, reparação de avarias, contratação e reclamações dos clientes da EDP, entre outros, e «poderá provocar significativos atrasos na reposição de energia eléctrica a particulares que registem falhas no fornecimento». Isto por si só demonstra como os serviços em causa, assegurados em grande medida por trabalhadores subcontratados, são «imprescindíveis para a EDP desenvolver as suas actividades, obrigações e responsabilidades, legais e contratuais», o que dá mais força à reivindicação dos trabalhadores em serem integrados no quadro de pessoal da empresa.
Para o SIESI, a subcontratação de trabalhadores à Randstad por parte da EDP não é mais do que uma «falsa prestação de serviços e, por isso, um expediente destinado a embaratecer os custos do trabalho e manter a precariedade laboral extrema».
Hoje, 2, os trabalhadores concentram-se a partir das 9h30 junto à saída do Metro do Cais do Sodré deslocando-se em seguida para a sede da EDP, na Avenida 24 de Julho. Às 11h30 seguem a Assembleia da República, onde se concentram meia hora depois.

PT também pára

Para dia 13, está marcada uma greve de 24 horas dos trabalhadores da Manpower que prestam serviço na PT. A paralisação, decidida em plenário, mantém-se caso a administração não considere as reivindicações dos cerca de 500 trabalhadores dos callcenters: aumentos salariais desde o início de 2017 e, a partir do próximo ano, valorizações de quatro por cento, nunca inferiores a 40 euros, passando os salários para 640 e 692 euros, conforme o escalão. Os trabalhadores exigem ainda a sua vinculação à PT, pois são peças fundamentais ao normal desenvolvimento da sua actividade.




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